Inclusão e Diversidade
IFMS orienta atendimento a estudantes com necessidades específicas
Em meio à suspensão temporária das atividades presenciais do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), por conta da pandemia do Covid-19, a instituição tem orientado os campi no atendimento a estudantes com necessidades específicas.
As orientações estão reunidas no Protocolo de atendimento para atividades não presenciais a estudantes com necessidades específicas, elaborado pela Coordenação de Inclusão e Diversidade (Coidi), da Pró-Reitoria de Extensão (Proex), e pela comissão para elaboração do documento, formada por representantes dos Núcleos de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (Napne), existentes nos campi do IFMS.
“O protocolo foi criado com o objetivo de ajudar tanto os Napnes a orientar os docentes, quanto os próprios docentes, que estão nesta difícil tarefa de se organizar para ministrar aulas e atividades longe dos alunos. São orientações para que toda a instituição fale a mesma língua”, ressaltou o coordenador de Inclusão e Diversidade, Thiago Romeiro.
“O protocolo orienta os docentes, que estão nesta difícil tarefa de ministrar aulas longe dos alunos. São orientações para que toda a instituição fale a mesma língua”, ressaltou o coordenador de Inclusão e Diversidade do IFMS, Thiago Romeiro.
O documento visa orientar os docentes na organização de estratégias para estruturar e ministrar as aulas/atividades não presenciais e acompanhar esses alunos, tendo como base a legislação vigente. O Protocolo foi compartilhado por meio do Memorando Circular nº 03/2020, que trata, ainda, das ações de extensão previstas para este ano.
Protocolo - Traz orientações aos professores quanto à adaptação do plano de ensino para os estudantes com necessidades específicas, e ainda auxilia os Napnes nos campi para a execução de atividades neste período.
Entre as orientações, os docentes devem fazer um Plano de Ensino Adaptado e enviar aos coordenadores de cursos, com as atividades adaptadas e flexibilizadas, formas de execução, bem como os prazos, agendamentos de atendimentos individualizados e as devolutivas dos estudantes frente a essas realizações.
Semanalmente, o coordenador de curso deve repassar tais informações ao Napne. Ambos têm o papel de entrar em contato com o estudante para auxiliá-lo, analisar os resultados, além de enviar um relatório desses atendimentos à Diretoria de Ensino do respectivo campus e à Coordenação de Inclusão e Diversidade do IFMS.
Para a coordenadora do Napne do Campus Ponta Porã, Tânia Fujii, o protocolo enfatiza e subsidia ações inclusivas e a equidade como alcance para uma educação e aprendizagem pública gratuita e de qualidade. O trabalho é feito por uma equipe interdisciplinar, juntamente com a Direção de Ensino e o Núcleo de Gestão Educacional e Administrativa (Nuged).
"Os professores receberam o protocolo muito bem, estamos fazendo o acompanhamento deste atendimento de acordo com a necessidade de cada docente, e acompanhando também o progresso do estudante, vislumbrando outras possibilidades de adaptação curricular. Assim, cada vez mais poderemos promover a inclusão de fato no IFMS”.
"Estamos acompanhando o atendimento dos professores e o progresso dos estudantes vislumbrando outras possibilidades de adaptação curricular", comentou Tânia Fujii, coordenadora do Napne no Campus Ponta Porã.
O Protocolo traz as especificidades no atendimento aos estudantes com surdez – usuários e não usuários da Língua Brasileira de Sinais (Libras) –, com deficiência visual, intelectual e autismo, altas habilidades/superdotação, com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), e dislexia.
As ações propostas incluem iniciativas como:
- videoaula traduzida em Libras ou legendada;
- quantidade de atividades, questões, textos e enunciados reduzidos;
- prazo para a entrega de atividades ampliado, caso necessário;
- tempo para atendimento individualizado por meio virtual;
- atividades de desafios e/ou extracurriculares;
- tutorial com prints das telas, caso o estudante tenha dificuldade;
- possibilidade de avaliações ou atividades orais.
“O documento é extremamente importante porque nos ajuda a enxergar o cenário inclusivo na nossa instituição. Todos os estudantes precisam de nós, mas esses alunos precisam ainda mais. É um momento de ajudar aqueles que realmente necessitam, então o protocolo veio para cuidar, para mostrar que o IFMS quer abraçar a comunidade”, finalizou Thiago.