Com o fortalecimento da Política de Internacionalização do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), a instituição tem se destacado cada vez mais no cenário global. Como parte desse movimento, a mobilidade acadêmica e a participação em programas internacionais tornaram-se importantes etapas na formação dos estudantes.

Como em qualquer jornada, esses processos envolvem chegadas e partidas, assim como crescimento e novas oportunidades. É o caso de Arthur Pereira da Conceição, 16, que recentemente retornou dos Estados Unidos após uma experiência transformadora, e de outros quatro estudantes que, nesta semana, embarcam para participar de uma simulação da Organização das Nações Unidas (ONU) em Harvard, uma das maiores conferências internacionais de diplomacia.

Arthur é aluno do curso técnico em Informática do Campus Ponta Porã e viveu a experiência de participar do Programa Jovens Embaixadores. Para ser selecionado, enfrentou um processo com várias etapas, desde redações até uma entrevista em inglês. O programa, voltado para jovens com forte engajamento social, não apenas o colocou frente a frente com novos conhecimentos, mas também deu visibilidade ao seu projeto inovador de impacto social.

“O apoio do IFMS foi fundamental para minha participação, com suporte financeiro para itens essenciais, como passaporte, vestuário e malas, além de acompanhamento acadêmico, garantindo que minha ausência não comprometesse meus estudos", aponta o estudante Arthur Conceição.

“Minha iniciativa de impacto social foi o desenvolvimento de UAVs [veículos aéreos não tripulados] acessíveis para semeadura de nuvens, uma tecnologia que busca combater a seca e as inundações, especialmente em áreas agrícolas. A ideia é utilizar drones para induzir chuvas controladas, ajudando os agricultores que enfrentam esses problemas no Brasil”, explica Arthur.

Durante sua estadia nos EUA, de 7 a 25 de janeiro, o estudante teve a oportunidade de se envolver em atividades culturais e educacionais com outros jovens de diferentes partes do mundo, além de participar de ações voluntárias e visitas a locais de grande relevância histórica e cultural.

Segundo Arthur, as atividades proporcionaram aprendizados significativos sobre liderança, preservação histórica e impacto social, e ainda enriqueceram a perspectiva global. 

"Visitamos a Prefeitura de Pensacola, onde recebemos o certificado de cidadãos honorários da cidade, além de museus de arte que destacam a cultural local. Tivemos a chance de assistir ao balé da cidade, explorar a extensão da Universidade da Flórida e conhecer o Centro de Preservação da História Indígena Norte-Americana", conta o estudante.

Para a ida aos EUA, Arthur recebeu apoio institucional do IFMS.

“O apoio do IFMS foi fundamental para minha participação, com suporte financeiro para itens essenciais, como passaporte, vestuário e malas, além de acompanhamento acadêmico, garantindo que minha ausência não comprometesse meus estudos", aponta o jovem embaixador.

Experiência em Harvard - Enquanto Arthur retornava para casa, um grupo de estudantes do IFMS se preparava para partir. Nesta terça-feira, 28, quatro alunos do Campus Campo Grande embarcam para a Harvard Model United Nations (HMUN), uma conferência internacional que reúne jovens de todas as partes do mundo para simular debates da ONU.

O IFMS destinou R$ 40 mil para apoiar no custeio da viagem.

Essa será a segunda vez que o IFMS marca presença na conferência, que ocorre anualmente na Universidade de Harvard. Em 2023, estudantes da Capital também receberam apoio institucional para ir aos Estados Unidos.

Segundo o professor organizador da viagem, Flávio Rocha, o objetivo do evento é promover discussões e propor soluções para questões globais como segurança internacional, migração, meio ambiente e saúde.

“Meu objetivo é trabalhar junto aos outros países para chegar a uma solução global para esse problema [crise do Fentanil]”, comenta Maria Clara.

"A conferência conta com aproximadamente 30 comitês e reúne cerca de quatro mil estudantes de cerca de 50 países. Ao final, os participantes elaboram uma carta com as proposições acordadas em cada comitê. Além de aprimorar o inglês, os estudantes devem ter uma boa base em história, geografia, política e oratória para participar efetivamente dos debates".

Expectativas - Os participantes, quatro estudantes dos cursos técnicos em Informática e Mecânica, dedicaram-se intensamente em atividades preparatórias para os debates.

Maria Clara Barcelos, 17, está empolgada com a perspectiva de interagir com estudantes de diversos países. A jovem representará o Chile na Comissão de Narcóticos, onde debaterá sobre a crise do Fentanil, substância responsável por milhares de mortes e overdoses, principalmente nos Estados Unidos.

"Estou muito ansioso para conhecer pessoas de todos os cantos do mundo e trocar ideias sobre os grandes desafios globais”, ressalta Davi Gaborim.

“Meu objetivo é trabalhar junto aos outros países para chegar a uma solução global para esse problema. Estou muito animada para a troca de experiências”, comemora.

Davi Gaborim, também participante da delegação, compartilha as expectativas.

"Estou extremamente animado para representar o IFMS, minha cidade e meu país. Participar desse tipo de conferência é uma oportunidade única de crescimento pessoal e profissional. Estou muito ansioso para conhecer pessoas de todos os cantos do mundo e trocar ideias sobre os grandes desafios globais”.

“Vai ser uma experiência única. Estou muito animada, esperando que eu esteja preparada para lidar com o desafio proposto”, afirma a estudante Ana Paula da Costa.

Além da participação no evento, a viagem internacional também faz os olhos dos jovens estudantes brilharem. É o caso de Ana Paula da Costa, 18, que cursa Informática no IFMS.

“Vai ser algo muito novo, uma experiência única. Estou muito animada, esperando que tudo dê certo, que eu esteja preparada para lidar com o desafio proposto”, afirma a estudante, visivelmente empolgada com a chance de ampliar seus horizontes.

Adrielle Cristina de Almeida, 17, no 6º semestre do curso técnico em Mecânica, também compartilha sua visão sobre a experiência que está prestes a viver. 

“Queremos nos conectar com culturas diferentes, conhecer novas perspectivas e aprender. A expectativa está altíssima”, enfatiza Adrielle de Almeida, 17.

“Para a gente, já foi uma vitória sermos aceitos e termos essa oportunidade. Nosso foco não é só competir, mas absorver tudo o que a experiência tem a oferecer. Queremos nos conectar com culturas diferentes, conhecer novas perspectivas e aprender com pessoas de todo o mundo, o que pode nos abrir portas no futuro. A expectativa está altíssima”.

Exemplos como esses refletem a consolidação do processo de internacionalização no IFMS e como tais oportunidades se revelam únicas na vida dos jovens estudantes. São experiências que permitem a integração com diferentes culturas e realidades e demonstram, na prática, não ser apenas uma estratégia de desenvolvimento acadêmico, mas também uma verdadeira plataforma para o amadurecimento pessoal e o fortalecimento da cidadania global.