Febrace 2025
Maioria dos projetos do estado em feira nacional é do IFMS
O Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) é a instituição do estado com mais trabalhos classificados para a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) 2025. No total, são nove projetos na fase final, dos 13 finalistas sul-mato-grossenses e 22 da Região Centro-Oeste.
Promovida pela Universidade de São Paulo (USP), a Febrace visa fomentar a cultura científica, a inovação e o empreendedorismo entre jovens e educadores.
A Mostra de Finalistas terá início na segunda-feira, 24, e seguirá até o dia 28, na Cidade Universitária da USP, em São Paulo (SP). A lista completa dos trabalhos que serão apresentados presencialmente está disponível na página da Febrace.
IFMS - Os trabalhos que serão apresentados na Febrace 2025 são dos campi Aquidauana, Campo Grande, Coxim, Jardim, Naviraí e Nova Andradina.
Um dos finalistas, intitulado 'A população de papagaios-verdadeiros (Amazona aestiva) no Município de Jardim/MS: conhecer para preservar', é desenvolvido pelos estudantes Gabriely Ishibashi Barbosa e Marquiendel Guilherme de Souza Júnior, do Campus Jardim, sob orientação da professora Joelma dos Santos Garcia Delgado.
O projeto conta com apoio do Programa de Iniciação Científica e Tecnológica (Pitec), da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de MS (Fundect).
“Nossa expectativa é trocar experiências, aprender com outros pesquisadores e levar nosso conhecimento a um público maior, representando MS e a importância da conservação ambiental”, destaca a finalista de Jardim, Gabriely Barbosa.
"Com o alto número populacional de papagaios na cidade, o projeto busca sensibilizar a população quanto à conservação. Com estudos e observações, identificamos os impactos do tráfico ilegal e da destruição do habitat dessas aves, ações que comprometem não só a espécie, mas também o equilíbrio do ecossistema", explica Gabriely.
Para a estudante, a maior feira científica de ensino médio do Brasil promoverá integração cultural e científica.
“O contato com diferentes talentos e culturas enriquece nossa formação. Nossa expectativa é trocar experiências, aprender com outros pesquisadores e levar nosso conhecimento a um público maior, representando nosso estado e a importância da conservação ambiental”, destaca a jovem pesquisadora.
A orientadora complementa que a Febrace será uma oportunidade única de aprendizado para os estudantes.
"As feiras de ciências divulgam os resultados das pesquisas e impulsionam os jovens na iniciação científica, permitindo que aprendam como verdadeiros protagonistas da ciência. Essa experiência é essencial para a vida acadêmica e profissional, além de incentivá-los a seguir no ensino superior", ressalta a docente.
Outro projeto do IFMS é o aplicativo 'Cidade Inclusiva', desenvolvido por Estêvão Bueno e Clara Baida, estudantes do curso técnico em Informática para Internet do Campus Naviraí. Orientado pelo professor Marcos Rogério Ferreira, o trabalho propõe a utilização da tecnologia para facilitar o deslocamento urbano de pessoas cadeirantes ou com mobilidade reduzida.
"Quero conhecer projetos inovadores e soluções para problemas que nunca imaginei, o que vai me motivar a estudar mais e buscar novos conhecimentos", destaca Estêvão Bueno, estudante do Campus Naviraí que irá para a Febrace.
A ideia surgiu após conversas com representantes da Associação Naviraiense de Pessoas com Deficiência (ANPEDE), que relataram problemas como falta de comunicação com a prefeitura, obras de acessibilidade mal localizadas e ausência de motoristas e cuidadores capacitados.
"Participar da Febrace vai me ajudar muito nos estudos. Estarei em contato com cientistas e pessoas criativas, o que vai estimular minha curiosidade e vontade de aprender. Quero conhecer projetos inovadores e soluções para problemas que nunca imaginei, o que vai me motivar a estudar mais e buscar novos conhecimentos", destaca Estêvão.
Conheça todos os trabalhos do IFMS classificados para a Febrace 2025:
Projeto | Campus | Orientadores | Estudantes |
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A população de papagaios-verdadeiros (Amazona aestiva) no município de Jardim/MS: conhecer para preservar | Jardim | Joelma dos Santos Garcia Delgado | Marquiendel Guilherme de Souza Júnior, Gabriely Ishibashi Barbosa |
Construção de um gaussímetro de baixo custo | Aquidauana | Lígia Parreira de Souza | Letícia da Silva Parreira |
Cidade inclusiva: aplicativo para auxiliar na mobilidade e acessibilidade urbana de cadeirantes | Naviraí | Marcos Rogério Ferreira | Estêvão da Silva Bueno |
Damas literárias ciclo 2: pelo resgate da escrita feminina apagada da história | Campo Grande | Andréia Dias de Souza, Danyelle Almeida Saraiva | Amanda Messias Silva, Camila Rodrigues Cunha, Angelina Quevedo Bakargi |
Desenvolvimento de um protótipo para a captura de imagens digitais e utilizado em aplicações químicas | Coxim | Manoel Maria Soares de Lima Filho, Hugo Eduardo Pimentel Motta Siscar | Luis Felipe da Conceição Meneses, Moisés Medeiros Oliveira |
Espectroscopia infravermelha por transformada de Fourier (FTIR) como uma abordagem para a identificação de fungos em pastagens no Cerrado Sul-Mato-Grossense | Nova Andradina | Grazieli Suszek, Fernando Rodrigues da Conceição | Tailaine Gomes Felix de Lima, José Vitor Ferreira Balasso |
Estudo do processo de produção de cápsulas de controle biológico | Campo Grande | Fabiano Pagliosa Branco | Amanda dos Santos Miranda |
Protótipo para análise não destrutiva dos aspectos internos de ovos de galinha: avaliação em diferentes condições de armazenamento e tempo de estocagem | Nova Andradina | Grazieli Suszek, Mauro de Lima | Emilly Vitória da Silva Garcia, Amanda Kimberly Pereira do Nascimento, Bruna Rafaela Araujo Ruy |
Testes psicometricamente validados de química utilizando inteligência artificial e learnersourcing | Nova Andradina | Rodrigo Silva Duran | Rebeca Soares Nascimento, Julye Roberta de Abreu Aguiar, Heloisa Satira Rios dos Santos |